quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Economia Global - Europa - Euro - Portugal

Na plêiade de países em risco de entrar em «default» ( falha nos pagamentos da divida externa = bancarrota ), Portugal - pasme-se!! - não está entre os primeiros 10.

Reino-Unido, Grécia, EUA, Irlanda, Argentina, Espanha, Turquia, Dubai*, Japão, , lideram neste momento este ranking.
O Reino-unido comanda distanciadamente este ranking, pois congrega várias condicionantes que empurram aceleradamente este país para um estado de bancarrota. A Libra tem vindo a deslizar face ao Euro, prevendo-se que atinja muito em breve a paridade 1 Libra = 1 Euro, ou até mesmo uma cotação inferior ao Euro. Soluções possíveis, prováveis?: Fim da Libra, adesão ao Euro, intervenção indirecta do BCE, a curto prazo, se não for antes o FMI.

A Grécia, está neste momento confrontada com uma divida externa que já supera o valor anual do PIB, e prevê-se que fechará 2009 com um défice do orçamento de estado próximo dos 15% (!!??), de resto valor muito idêntico ao do Reino-Unido. Solução possível, provável; Saída do EURO, ou intervenção indirecta do BCE, no curto prazo.

Os EUA, continuam a usufruir da Dolarização da economia mundial, especialmente das reservas dos BRICs ( Brasil, Rússia, Índia & China )estarem tituladas em USD., veremos por quanto tempo maís - A índia adquiriu recentemente 200 toneladas de ouro, tendo-nos finalmente ultrapassado e relegado agora para a 13ª posição mundial em reservas de ouro ( 7º em 1973 ), com as nossas 382,5 Ton, ( a nossa vizinha Espanha tem menos 100 Ton.).**

No entanto a velocidade de endividamento do estado norte americano e o actual recurso ( único ) á emissão de moeda, empurrará o dólar muito em breve para uma cotação inferior a 2 USD = 1 Euro. ( O que será das exportações Europeias ?? ) Soluções possíveis; Forte redução das despesas do estado nomeadamente as despesas militares.

Sem a disciplina imposta pelo pacto de estabilidade que está na base do Euro, Portugal seria hoje um país falido, sem qualquer credibilidade nos mercados internacionais e portanto sem crédito. Com despesas sociais a absorverem anualmente 80% das despesas correntes do orçamento de estado, tentem agora imaginar em que situação económica e social nos encontraríamos?

*Dubai:http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=398165

** As nossas reservas de ouro, não chegam hoje para assumir mais do que 5% da nossa divida externa ( em 1973 , não havia divida externa de monta, excepto o plano de financiamento da Ponte sobre o Tejo ).



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uniões entre pessoas do mesmo sexo.


O MMS, não assume uma posição em assuntos de consciencia pessoal, deixando aos seus militantes, total liberdade para exprimirem a sua opinião, e posição sobre estes assuntos.

É nesse sentido que venho hoje aqui exprimir a minha posição, sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo, reconhecidas de forma legal.

Parece-me que a palavra "Casamento", é de origem religiosa e segundo os entendidos na matéria, sub-entende a procriação, logo a sobrevivencia da raça humana, e o que importa a semãntica?

Acontece porem, que desde sempre existem homens e mulheres cuja natureza sexual, ou a forma de se exprimirem e afirmarem sexualmente não coincide com o sexo com que nasceram.

Até aqui é "la palisse"...
Há no entanto quem defenda a natureza humana, como definidora dos "hábitos, Leis e Costumes", e há quem defenda que as leis devem ter em conta algumas opções contra natura. Daqui como sabemos partem uma miriade de argumentos uns mais simples outros mais complicados, que ora defendem ora atacam a possibilidade do estado, reconhecer nas uniões de pessoas do mesmo sexo, a mesma validade atribuida ao casamento, para efeitos puramente legais.

Pela experiencia que tenho de vida os casos mais graves que conheci e que evidenciam uma profunda injustiça e desigualdade de tratamento do estado face ás pessoas que entendem viver segundo a sua própria natureza, dá-se quando um dos membros do casal falece.
Invariavelmente o outro membro do casal fica não raras vezes patrimonialmente depauperado, porque perante a lei vigente o principal herdeiro do conjugue falecido, não é o conjugue sobrevivo, mas sim os pais, irmaos e/ou sobrinhos.

Só por si, esta situação seria suficiente para que nós portugueses, europeus, que comunhamos de uma das civilizações mais avançadas do Mundo, tivéssemos a humildade de saber olhar em redor e perceber que ainda somos dos poucos paises ( senão o unico ) a discutir se os casais constituidos por pessoas do mesmo sexo - que não partilhando a natureza ou as opções da esmagadora maioria dos comuns mortais - devem ou não ver os seus direitos reconhecidos perante a lei, enquanto casais, que fazem a sua vida em comum, partilham as suas responsabilidades, pagam os seus impostos, ganham e gastam o seu dinheiro e têem a sua familia como todos nós.

A palavra "vergonha" é não raras vezes pronunciada por aqueles que vêem nas uniões homossexuais, uniões "contra natura", porem desde tempos imemoriáveis,  sempre existiram pessoas, cuja natureza sexual não coincidia com o sexo com que nasceram.
Já deixámos de os poder mandar para a fogueira, já conseguimos evoluir o suficiente - especialmente nos ultimos 20 anos - para os olhar como pessoas normais. Por quanto tempo mais iremos continuar ostracizá-los(as) desta forma ? Eu sinto vergonha, por ainda não termos resolvido esta questão.

Afinal pergunto, não somos todos pessoas, não somos todos filhos de alguem? Não temos todos, irmãos, irmãs, tios, tias, avôs e avós, sobrinhos e sobrinhas? Não são tambem eles e elas  os médicos e as médicas que nos curam, os enfermeiros/as que nos tratam, os bombeiros/as que nos acodem, os policias que nos protegem, os Juizes que nos julgam, os advogados que nos defendem, os engenheiros e os arquitectos que projectam ? Que sentido faz perpetuar mais esta descriminição? Nenhum.

Eu sou heterosexual e vivo em união de facto. Ainda assim tenho mais direitos que qualquer homossexual neste país. Os deveres contudo são os mesmos.

2009.12.10 - Austria Legaliza "casamento gay"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u664667.shtml